A partir dos momentos de crise se pensam e se criam oportunidades e soluções criativas para o fazer artístico. Pela impossibilidade de ter professor, os bailarinos do Balé da Cidade de Teresina começaram a se dar aula, a desenvolver e compartilhar habilidades dentro da Companhia.

 

“Isso surgiu em um momento em que não tínhamos condição de ter professor contratado e já tinham passado professores pela Companhia que eram excelentes, mas não estava funcionando. Só que eles tinham apenas aquela relação de professor que só dá aula e vai embora, sem acompanhar muito a produção e os espetáculos do Balé. Isso  acabava que ficava uma aula ‘descolada’”, explica a coordenadora artística do Balé da Cidade de Teresina Janaína Lobo.

 

A ideia foi um desafio, onde muitos dos bailarinos já davam aula em escolas de dança e academias particulares, já outros não tinham experiência nesse sentido, mas tinham o interesse de desenvolver essa habilidade. Então, a provocação foi feita: que tipo de aula precisamos para a manutenção não só física, mas também de ativar a percepção, ser um momento de estudo? O que posso aprender com essa aula do meu colega, numa relação de aula como manutenção ?

 

Cada bailarino prepara e compartilha sua aula de acordo com suas especialidades, já que a Companhia possui um corpo plural, com bailarinos que vieram de diversos estilos de dança. Das aulas feitas, existe a aula fixa da Natália Nascimento, que também é fisioterapeuta. “Ela faz um trabalho de prevenção de lesão e também de fortalecimento. Como ela é bailarina da Companhia e sabe quais são os espetáculos que estamos ensaiando, ela faz uma aula pensada para aquele trabalho. Cada trabalho tem sua especificidade”, observa Janaína.

 

“São procedimentos preventivos. Conversamos sobre como poderíamos colocar a fisioterapia na parte preventiva, colocando pilates, fisioterapia desportiva, e às vezes fazer também parte do tratamento quando os meninos estão machucados, ter mais esse cuidado. Penso a aula de acordo com a necessidade do corpo de cada um.” observa Natália.

 

Além das aulas dos próprios bailarinos da Companhia, o Balé também está aberto para professores e artistas teresinenses e de fora da cidade. Este ano a Companhia recebeu a artista Clarice Lima, de São Paulo, que ministrou a oficina de Flying Low e Passing Through e também a instrutora de yoga Aline Ribeiro.

 

“Começou como uma situação de crise, mas olhando hoje foi um ganho que tivemos, de ali de dentro surgir e desenvolver as aulas e as práticas que precisamos. E é uma aula que não está desconectada do processo de trabalho, ela já está ligada ao processo criativo, que já ensaia, já é o início do trabalho do dia. Não é uma aula genérica, é pensada por quem está dentro e está sendo o tempo todo atualizada.” finaliza Janaína.

Bailarinos do Balé da Cidade desenvolvem prática de aula e compartilham conhecimento

A partir dos momentos de crise se pensam e se criam oportunidades e soluções criativas para o fazer artístico. Pela impossibilidade de ter professor, os bailarinos do Balé da Cidade de Teresina começaram a se dar aula, a desenvolver e compartilhar habilidades dentro da Companhia.

“Isso surgiu em um momento em que não tínhamos condição de ter professor contratado e já tinham passado professores pela Companhia que eram excelentes, mas não estava funcionando. Só que eles tinham apenas aquela relação de professor que só dá aula e vai embora, sem acompanhar muito a produção e os espetáculos do Balé. Isso  acabava que ficava uma aula ‘descolada’”, explica a coordenadora artística do Balé da Cidade de Teresina Janaína Lobo.

A ideia foi um desafio, onde muitos dos bailarinos já davam aula em escolas de dança e academias particulares, já outros não tinham experiência nesse sentido, mas tinham o interesse de desenvolver essa habilidade. Então, a provocação foi feita: que tipo de aula precisamos para a manutenção não só física, mas também de ativar a percepção, ser um momento de estudo? O que posso aprender com essa aula do meu colega, numa relação de aula como manutenção ?

Cada bailarino prepara e compartilha sua aula de acordo com suas especialidades, já que a Companhia possui um corpo plural, com bailarinos que vieram de diversos estilos de dança. Das aulas feitas, existe a aula fixa da Natália Nascimento, que também é fisioterapeuta. “Ela faz um trabalho de prevenção de lesão e também de fortalecimento. Como ela é bailarina da Companhia e sabe quais são os espetáculos que estamos ensaiando, ela faz uma aula pensada para aquele trabalho. Cada trabalho tem sua especificidade”, observa Janaína.

“São procedimentos preventivos. Conversamos sobre como poderíamos colocar a fisioterapia na parte preventiva, colocando pilates, fisioterapia desportiva, e às vezes fazer também parte do tratamento quando os meninos estão machucados, ter mais esse cuidado. Penso a aula de acordo com a necessidade do corpo de cada um.” observa Natália.

Além das aulas dos próprios bailarinos da Companhia, o Balé também está aberto para professores e artistas teresinenses e de fora da cidade. Este ano a Companhia recebeu a artista Clarice Lima, de São Paulo, que ministrou a oficina de Flying Low e Passing Through e também a instrutora de yoga Aline Ribeiro.

“Começou como uma situação de crise, mas olhando hoje foi um ganho que tivemos, de ali de dentro surgir e desenvolver as aulas e as práticas que precisamos. E é uma aula que não está desconectada do processo de trabalho, ela já está ligada ao processo criativo, que já ensaia, já é o início do trabalho do dia. Não é uma aula genérica, é pensada por quem está dentro e está sendo o tempo todo atualizada.” finaliza Janaína.

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